quarta-feira, 10 de junho de 2015

A parada gay e as suas consequências

Após o polêmico ato LGBT, a conhecida parada, onde ocorreu diversas ações politicamente incorretas. Deputados discutem no plenário da Câmara sobre o ocorrido.

Deputados evangélicos e católicos fazem ato contra parada gay

Aos gritos de 'respeito', eles também criticaram 'marcha das vadias'.
Presidente do PPS criticou ato e defendeu respeito ao Estado laico.

Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília
Aos gritos de "respeito", deputados evangélicos e católicos fizeram nesta quarta-feira (10) uma manifestação no plenário da Câmara contra a parada gay, a "marcha das vadias" e a "marcha da maconha". Com cartazes que traziam fotos da 19ª Parada do Orgulho LGBT, realizada no domingo (7), eles subiram à tribuna e pediram que atos públicos que "ferem a família" e a liberdade religiosa sejam transformados em "crime hediondo".
Folheto contra a parada gay distribuído por deputados da bancada evangélica (Foto: Nathalia Passarinho/G1)Folheto contra a parada gay distribuído por
deputados da bancada evangélica (Foto:
Nathalia Passarinho/G1)
Os parlamentares religiosos criticaram, sobretudo, o fato de a atriz transexual Viviany Beleboni ter se prendido na cruz, durante a parada gay, para representar o sofrimento dos homossexuais no Brasil.
"Os ativistas do movimento LGBT cometerem crime de profanação contra símbolo religioso, ferindo a todos os cristãos ao usarem uma pessoa pregada na cruz, utilizando símbolos do cristianismo de forma escandalosa, zombando e ridicularizando o sacrifício de Jesus", diz nota de repúdio lida na tribuna pelo presidente da Frente Parlamentar Evangélica, João Campos (PSDB-GO).
A nota é assinada ainda pelo deputado Givaldo Carimbão (PROS-AL), presidente da Frente Parlamentar Mista Católica Apostólica Romana, e pelo deputado Alan Rick (PRB-AC), presidente da Frente Parlamentar em Defesa da Vida e da Família.
 "Temos que tipificar como crime hediondo essas cenas, que atingem nossas famílias", discursou o líder do PSD, Rogério Rosso (DF), que também participou do ato. Coube ao presidente do PPS, deputado Roberto Freire (SP), sair em defesa da "diversidade" e do Estado laico.
"Vivemos uma República laica. Não podemos transformar isso aqui numa igreja. Estou querendo trazer à lembrança de todos que não é para falar em nome dos 513 deputados. Respeitem a diversidade, respeitem a República laica", afirmou.

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