Física na Montanha-russa - Profa. Elisabete de Araújo
História
As mais antigas montanhas-russas
descendem da Rússia. Os passeios de
trenó no inverno prendiam-se em montes especialmente construídos no gelo,
principalmente em torno de São Pitsburgo. Foram construídas
de 20 a 24 metros de altura e consistiam em uma queda de 50º. Sua popularidade
era tão grande que empreendedores de outra parte resolveram copiar a ideia e
fizeram carros com rodas construídos em trilhas. Uma dessas companhias foi a Les
Montagnes Russes à Belleville que construiu uma montanha-russa de
gravidade em Paris em 1812.
O primeiro looping foi,
provavelmente, construído em Paris de um projeto inglês em 1846 com uma única pessoa no
carrinho que dava uma volta de 3,96 metros de diâmetro, aproximadamente, ou 13 pés. Nenhuma dessas
trilhas eram circuitos completos. A partir daí, em muitos idiomas (dinamarquês, português, espanhol e francês) passaram a se
referir à atração como “Montanha-russa”.
Tipos
de Montanha Russa
Existem
três tipos de montanhas-russas. Em uma delas, a pista é baseada em estrutura de
madeira, fazendo com o que o carrinho trepide um pouco mais. Já as
montanhas-russas cuja estrutura é baseada em metal possuem pistas com o maior
número de inversões, incluindo loops e parafusos. Além dessas, há as
montanhas-russas invertidas, nas quais as pessoas ficam como se estivessem
penduradas, com as pernas de fora. Com 139 metros de altura, equivalente a um
prédio de 40 andares, a montanha-russa mais alta do mundo é feita em metal
tubular e fica em New Jersey, nos Estados Unidos. Já a mais extensa fica no
Japão, e tem aproximadamente 2,5 km de comprimento.
Energias aplicadas
A energia que move os carrinhos é
dada por um sistema que puxa o trem para cima da primeira colina
(chamada colina de elevação), com a intenção de fornecer certa
quantidade de energia potencial. A energia potencial,
como discutido na teoria, é proporcional à altura, assim à medida que
elevamos o carrinho em relação ao solo aumentamos sua energia potencial.
Em
seguida o carrinho é solto da colina de elevação (que é a mais alta de todo
percurso da montanha-russa) e a energia potencial acumulada é então
transformada em energia cinética, que possibilita o movimento do carrinho.Quando o carrinho entra no looping, sua energia cinética
é máxima, isto é, move-se à velocidade máxima. No topo do looping, a
gravidade de certa forma desacelerou o carrinho, que agora tem mais energia
potencial e menos energia cinética, e move-se com velocidade reduzida.
Reações do corpo
Altura e alta
velocidade, ingredientes que, quando combinados, dão, literalmente, fio na
barriga. Na montanha-russa não é diferente. Quando o corpo é submetido a uma
situação de estresse, algumas transformações acontecem. Uma delas tem a ver com
os instintos, que é o aumento da adrenalina, uma forma de preparar a pessoa
para duas coisas: lutar, ou fugir. Nesse caso, presenciamos também a pupila
dilatada, forma que o corpo tem de observar melhor o ambiente a sua volta.
Em situações
identificadas como de perigo, há o aumento da frequência cardíaca, pois é
preciso mais oxigênio circulando na musculatura esquelética. Como o sangue é
finito, ele é redistribuído no corpo, tendo um aporte maior do fluxo sanguíneo
para a musculatura esquelética. Dessa maneira, o sangue deixa de estar
presentes em locais menos vitais nesse tipo de situação, como o sistema
digestivo. Assim que a situação de estresse passa, o sangue flui da musculatura
esquelética para o resto do corpo, dando aquela sensação de ‘fraqueza’ nas
pernas.
Por que o carrinho não precisa de motor?
O carrinho da montanha
russa não precisa de motor porque a estrutura do brinquedo é projetada para que
o carro acumule energia potencial e libere na forma de energia mecânica -
movimento.
Ou seja, quando todo mundo embarca, o carro tem um impulso inicial, promovido por uma máquina na estação. Durante o trajeto, o carro sobe e, como o atrito do trilho é muito pequeno, uma boa parcela da energia cinética (mecânica) do impulso inicial é convertida em energia potencial gravitacional à medida que o carro sobe. Quanto ele chega ao ápice do movimento, toda a energia se transforma em potencial - é por isso que o carro praticamente para.
Quando começa a decida, toda aquela energia armazenada na forma potencial gravitacional é liberada, convertendo-se em energia mecânica.
É por isso que o carrinho de montanha russa não precisa de motor.
Ou seja, quando todo mundo embarca, o carro tem um impulso inicial, promovido por uma máquina na estação. Durante o trajeto, o carro sobe e, como o atrito do trilho é muito pequeno, uma boa parcela da energia cinética (mecânica) do impulso inicial é convertida em energia potencial gravitacional à medida que o carro sobe. Quanto ele chega ao ápice do movimento, toda a energia se transforma em potencial - é por isso que o carro praticamente para.
Quando começa a decida, toda aquela energia armazenada na forma potencial gravitacional é liberada, convertendo-se em energia mecânica.
É por isso que o carrinho de montanha russa não precisa de motor.
Sistemas conservativos
O movimento de um
carrinho não pode ser considerado um sistema conservativo, pois ao longo do
movimento, parte da energia mecânica do carrinho se dissipa na forma de calor,
devido às forças de atrito com os trilhos e com o ar. Sem o funcionamento de
energia externa ao sistema, a cada descida e subida o carrinho jamais irá
alcançar a mesma altura anterior. A estrutura da montanha russa deve ser
montada, levando em consideração essa perda de energia durante o trajeto, ou
seja, os diversos picos devem seguir uma sequencia decrescente de altura.
Sistemas
dissipativos
Os
sistemas dissipativos, ao contrário dos sistemas conservativos, são aqueles em
que a energia não é conservada. Nos sistemas dissipativos as transformações
sofridas pela energia geram calor, o qual é dissipado para o meio externo. Um
exemplo disso é a montanha russa em movimento em uma descida, logo apos na
subida o carrinho vai perdendo sua energia mecânica transformando-a em térmica,
e não alcançando a mesma altura de onde desceu por esse motivo nenhuma montanha
russa tem subidas de mesma altura.
Imagens
·
O Pepsi Max
Big One, em Blackpool Pleasure Beach: na primeira colina o trem precipita-se
numa queda de 62 m a 119 km/h.
· Um carrinho de montanha russa realizando um looping: No ponto mais alto do looping o carrinho ainda possui energia cinética para completar o looping e continuar seu movimento.
Referências
Essa postagem foi retirada do meu trabalho de Física, feito no dia 07/03.
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