Um levantamento realizado pela Catho mostra que 33% dos entrevistados estão pessimistas quanto à expectativa em relação ao mercado de trabalho brasileiro, 20% estão otimista e 44% não estão nem otimista nem pessimista. Já sobre a expectativa em relação ao salário, 61% acreditam que irá permanecer estável, 27% acham que deve diminuir e 7% consideram que deve aumentar.
A pesquisa “Procura de trabalho no atual cenário econômico” foi realizada entre os dias 20 e 24 de março e contou com 14.235 respondentes em todo o Brasil. 52% dos profissionais são homens, 26% do total de respondentes têm até 24 anos e 77% residem na região Sudeste.
Os dados mostram que 62% dos brasileiros acreditam que o desemprego irá aumentar até o fim de 2015, ao passo que apenas 35% acham que estamos em um bom momento para procurar emprego.
Ao serem questionados sobre o momento da busca, 35% dos brasileiros acreditam ser este um bom período para isso, enquanto 33% acham que é algo que depende da área escolhida. Na comparação entre desempregados e empregados que responderam ser um bom momento, o primeiro grupo está mais otimista com 40% contra 25% dos que estão trabalhando.
A atual falta de confiança na economia, na análise de Luis Testa, Head de Pesquisa e Estratégia da Catho, contribui para o pessimismo relativo ao mercado de trabalho. “A inflação, que tem reduzido o poder de compra das pessoas, e notícias relacionadas a desemprego, crescimento do PIB e redução dos investimentos por parte das empresas, por exemplo, contribuem para esse sentimento de descrença em relação ao futuro.”
Apesar de a maioria estar pessimista em relação ao futuro do País e, consequentemente, à situação do emprego, 89% têm muita intenção de buscar uma colocação ou recolocação. 81% dos entrevistados também acham que os últimos eventos relacionados à política têm impactos diretos no mercado de trabalho.
O levantamento verificou ainda a opinião dos trabalhadores em relação à influência de fatores externos, como a desaceleração econômica em países como a China, no mercado de trabalho nacional. Para 67%, a economia global tem grande impacto, enquanto 23% acham que tem um impacto razoável e 5% acreditam que não tem impacto. Da fatia que concordou que a situação econômica do mundo tem forte impacto, 68% são desempregados e 65% empregados.